Ser o único representante da América do Sul em um dos guias gastronômicos e turísticos mais famosos – e requintados – do planeta é um privilégio que o Brasil vem mantendo com maestria. Criado há 118 anos, o Guia Michelin atende ao todo 30 países em premiações anuais, deixando quem aprecia o melhor da alta gastronomia ansioso para as próximas edições.
A de 2019, por exemplo, a quinta em que o Brasil integra o menu, traz o país com três restaurantes na categoria duas estrelas: D.O.M (Alex Atala), que integra o pódio desde 2015 e os agora veteranos Oro (Felipe Bronze) e Tuiu (Ivan Ralston), que alcançaram a categoria em 2018. Além disso, o paulistano Evvai (Luiz Filipe Souza) e os cariocas Cipriani (Nello Cassesse) e Oteque (Alberto Landgraf) são os mais novos nacionais uma estrela. Já na categoria Bib Gourmand, que seleciona pratos referência em sabor e qualidade, mas com preço moderado (até R$ 120,00), foram sete novos nomes, os paulistanos A Baianeira (Manuelle Ferraz de Bessa), Balaio IMS (Marcelo Carvalho), Barú Marisquería (Dagoberto Torres), Corrutela (Cesar Costa) ,Komah (Paulo Shin) e os cariocas Pici Trattoria (Elia Schramm) e Lilia (Lucio Vieira). Por outro lado, dois estabelecimentos perderam suas estrelas: Fasano (Luca Gozzani), Dalva e Dito (de Alex Atala) e o país continua sem nenhum restaurante três estrelas.
A escolha leva em consideração a qualidade dos produtos, o domínio do sabor e técnicas culinárias, a personalidade do Chef na sua cozinha, a relação qualidade/preço e a consistência entre visitas. Os avaliadores, especialistas com diplomas renomados em gastronomia e hotelaria, visitam os espaços sem se identificarem como tais e, a partir daí, as estrelas são distribuídas. Detalhe: a escolha dos premiados é sempre coletiva e demandada por um longo processo, nunca alvo da decisão de um único jurado.
Segundo a publicação, uma estrela representa uma cozinha requintada que vale a pena conhecer (produtos de primeira qualidade, execução claramente refinada, sabores marcantes, regularidade na realização dos pratos), duas estrelas é uma cozinha excelente que vale o desvio (melhores produtos valorizados pela experiência de um Chef talentoso, que assina, com sua equipe, pratos sutis e surpreendentes, às vezes muito originais) e três estrelas é uma cozinha excepcional que vale a viagem (a assinatura de um grande Chef. Produtos excepcionais, pureza e potência dos sabores, composições equilibradas: esta cozinha alcança o nível de obra de arte. Os pratos, executados com perfeição, muitas vezes se tornam clássicos). As estrelas são o ápice das avaliações, mas os ambientes visitados também recebem no guia símbolos que representam, por exemplo, a qualidade do atendimento.
Criado para ajudar os motoristas em suas viagens, O Guia Michelin contava com informações sobre mapas, postos de combustíveis, dicas úteis sobre mecânica e – claro – recomendações dos melhores restaurantes e locais para dormir. As estrelas chegaram em 1926, mas apenas uma década depois é que foi estipulado três, um verdadeiro pódio, para elencar o melhor da gastronomia mundial. Os números impressionam: ao todo são mais de 30 mil estabelecimentos avaliados e 30 milhões de cópias vendidas.
No Brasil:
Duas estrelas
- O.M
- Oro
- Tuju
Uma estrela
São Paulo
- Huto
- Jun Sakamoto
- Kan Suke
- Kinoshita
- Kosushi
- Maní
- Picchi
- Ryo Gastronomia
- Tangará Jean-Georges
- Evvai (novo)
Rio de Janeiro
- Lasai
- Mee
- Olympe
- Cipriani (novo)
- Oteque (novo)
Bib Gourmand
São Paulo
- Arturito
- Le Bife
- Bio
- Bistrot de Paris
- Brasserie Victória
- A Casa do Porco
- Casa Santo Antônio
- Ecully Perdizes
- Fitó
- Jiquitaia
- Manioca
- Mimo
- Mocotó
- La Peruana
- Petí
- Petí Panamericana
- Piccolo
- Più
- Tanit
- TonTon
- Tordesilhas
- Zena Caffè
- A Baianeira (novo)
- Balaio IMS (novo)
- Barú Marisquería (novo)
- Corrutela (novo)
- Komah (novo)
Rio de Janeiro
- Artigiano
- Lilia (novo)
- Miam Miam
- Pici Trattoria (novo)
- Pomodorino
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