Roteiro de vinho na França – Muito mais que Bordeaux e Champagne

Torre Eiffel, Cannes, St.Tropez, Monet, Renoir, Godard…São inúmeros os atrativos que fazem da França um lugar único e encantador, mas quando o assunto é vinho, o país surpreende ainda mais. Não é à toa o destino mais visitado do mundo, segundo a Organização Mundial do turismo, recebendo mais de 86 milhões de turistas por ano. São várias as regiões que apresentam roteiros gastronômicos, vinícolas e, claro, paisagens dignas da Europa…O difícil é escolher por onde começar.

Uma delas é a Alsácia, que desde 1953 é visitada pelos degustadores. O destino mescla o charme da arquitetura com a adrenalina das montanhas e do ciclismo. É recomendada para quem aprecia os sabores de um bom vinho branco inspirados na tradição germânica, já que a região é divisa com a Alemanha. Entre as uvas, a Riesling, a Gewürztraminer, a Pinot Gris e a Pinot Blanc.

Falar dos vinhos franceses é, com certeza, lembrar de Bordeaux, uma das mais famosas regiões vinícolas do país – e do mundo. Localizada no sudoeste da França, o brinde vem com toques encorpados e clássicos, geralmente tintos, como Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon. O segredo da região é que as bebidas são produzidas com mais de uma uva, garantindo misturas particulares. O nome também remete à “Classification Officielle des vins de Bordeaux”, iniciada em 1855 por Napoleão II, que divide as bebidas em cinco faixas. A região também faz referência aos Châteaux, os famosos castelos. Para deixar o roteiro ainda mais interessante vale uma passada no museu “Cité du Vin”. Já o Vale do Rhône é duplamente recomendado. Isso porque se divide em duas regiões vinícolas. No outono, acontece por lá a temporada das trufas e nada melhor do que sabores marcantes no copo e no prato.

Um bom clássico nunca sai de moda – e às vezes tudo o que a viagem pede é uma boa tradição. É aí que Provença, dona do mais antigo vinho francês, chama a atenção. Por lá, os campos de lavanda e os castelos preenchem o cenário. Champagne é outro cartão postal francês. Reims, por exemplo, além de acolher marcas como Dom Pérignon e Moët & Chandon, possui uma média de cinco mil produtores de vinho. Moët & Chandon, referência mundial, possui 150 anos de história. O truque da região, famosa também pela canção de Pepino Di Capri, é favorecer o envelhecimento do vinho, o que garante o melhor da maturação. Há, porém, os que preferem os sabores da Borgonha, em sua maioria os Pinot Noir tintos. Requinte é o que não falta: não faltam opções raras e pelo menos sete dos 10 vinhos mais caros do mundo vêm de lá, entre eles o Romanée-Conti. Se for para comparar espumantes, o destaque fica por conta do Crémant de Bourgogne.

Quem opta por variedade tem nas aldeias de Beaujolais o melhor das degustações. São pelo menos dez vinhedos, em pontos que vão do famoso moinho Moulin –à-Vent à cidades medievais. É lá também que está o museu do vinho “Le Hameau Duboef”, mais especificamente na cidade de Romanèche-Thorins.

Por |2019-08-15T15:09:08-03:0014/08/2019|Categorias: Viagens & Vinhos|

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